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domingo, 27 de janeiro de 2013

TPM

Apesar de não ter sido minha a ideia do post, dedico ele todinho a mim, que TANTO sofro com minha TPM (Tensão Pré-Menstrual) crônica.
(O diagnóstico é por minha conta!)



Mas eu não sofro sozinha - que bom! Ou não...
Milhões de mulheres em idade reprodutiva apresentam sintomas emocionais, cognitivos e físicos relacionados ao seu ciclo menstrual.
E engana-se quem pensa que todo este transtorno é resultante da vida moderna cada vez mais estressante para as mulheres. 
As primeiras referências à TPM encontram-se nos relatos de Hipócrates! 
Mas apenas em 1931 que Robert T. Frank fez a primeira descrição científica relacionada ao acúmulo de hormônios sexuais no organismo, já denominando tensão pré-menstrual.


Na década de 50 foi proposta a adoção do termo “síndrome pré-menstrual”, já que o outro era considerado insuficiente, sendo a tensão apenas um dentre os sintomas apresentados nesse transtorno.

Síndrome ou tensão, o fato é que nosso sofrimento é intenso e constitui um problema de saúde público (acabei de descobrir!), já que a TPM não se restringe à relação da mulher consigo mesma, mas reflete também no relacionamento interpessoal e complexo da sociedade, seja promovendo um desgaste transitório nos contatos familiares, seja predispondo ao número de incidência de delitos, acidentes e baixa produtividade no trabalho.


Enquetes epidemiológicas mostram que 75% a 80% das mulheres apresentam sintomas durante o período pré-menstrual. 
Aproximadamente 10% delas declaram que seus sintomas são perturbadores, impondo a necessidade de auxílio profissional.
E entre 2% e 8% (olha eu nas estatísticas!) das mulheres em idade reprodutiva padecem de sintomas severos o suficiente para desequilibrar suas vidas social, familiar e/ou profissional 
durante uma a duas semanas de cada mês.


Elas demonstram irritabilidade intensa, frequentemente acompanhada de humor depressivo, queixas de desconforto, fadiga, sensação de intumescimento e dolorimento dos seios, abdome e extremidades, além de dor de cabeça e compulsão por alimentos ricos em açúcares.
A única parte boa é que toda esta constelação de sintomas desaparece, como num passe de mágica, após a descida do fluxo.


Um estudo mostrou um dado alarmante, que me fez pensar em
 procurar tratamento já (!):
uma mulher que inicia com sintomas aos 26 anos de idade, vai sofrer mais de 200 ciclos sintomáticos, ou seja, de 1400 a 2800 dias com prejuízo funcional e relacional. O estresse crônico progressivo ao longo da vida reprodutiva vai sendo acumulado a cada ciclo sintomático, com tais mulheres apresentando de 7 a 14 dias sintomáticos/mês, o equivalente a 1680 dias sintomáticos por década!


Então fui procurar  nos alimentos (que eu acredito que pode ser o remédio pra maioria das coisas), alternativas que possam aliviar esse quadro.
Alguns alimentos parecem ter importante implicação no desenvolvimento dos sintomas, como chocolate, café, sucos de frutas e álcool; as deficiências de vitamina B6 e de magnésio são consideradas. 
Esses dados são de uma revisão e não foram confirmados. 
Ainda, um consumo excessivo de carboidratos foi associado com edema, alterações do humor e fadiga.


Sinceramente não entendi o que tem de errado com o suco de frutas. 
O suco natural de frutas, além de ser diurético, 
fornece vários nutrientes!
Com relação ao chocolate, o problema seria com a cafeína (que já foi discutida aqui). Em minha opinião, não acho que seja tão prejudicial assim, pois é o excesso dela que causa irritabilidade. Penso que até pode, sim, nos deixar mais calmas e felizes (com moderação!).. 
Um dado curioso é que consumidoras de cafeína em grandes quantidades apresentam encurtamento dos ciclos menstruais
Ou seja, sofrem mais com os sintomas.


Mas vamos de fato ao “tratamento”!
As principais recomendações dietéticas incluem consumo limitado de sal, açúcar refinado, cafeína, álcool e gordura, aumento do consumo de carboidratos complexos, fibras e suplementação de cálcio e magnésio.

Sódio
O excesso de sódio (sal) está fortemente relacionado com os quadros de inchaço e dolorimento dos seios, abdome e membros inferiores. Portanto, reduzir a quantidade já alivia bastante.

Vitamina B6 (piridoxina)
É amplamente utilizada para alívio dos sintomas da TPM, por ser um co-fator para a síntese de neurotransmissores. Também é citada como um diurético natural. Onde encontrar: Fígado, carnes de aves, atum, leite, feijões, gérmen de trigo, banana, aveia e outros cereais integrais.


Ácido gama linolênico (GLA)
A conversão do ácido linoleico para GLA pode estar diminuída em mulheres neste período. Por isso sua suplementação é indicada em alguns casos, apresentando melhor resposta no quadro de mastalgia. Onde encontrar: Óleo de prímula (procure orientação do seu Médico ou Nutricionista, para saber se há necessidade e qual a recomendação).


Magnésio
 Pode reduzir os sintomas da TPM, principalmente retenção hídrica, dor mamária e ganho de peso. É necessário incluí-lo constantemente em sua dieta, porque em casos de deficiência, seu efeito só aparece após três meses do início da suplementação. Onde encontrar: Frutas e hortaliças como abacate, banana, quiabo, couve e espinafre; feijões, lentilha, uva passa, soja, grãos integrais, nozes (link), gergelim, semente de girassol, camarão.


Cálcio
 Estudos mostram que a suplementação com 1200 mg de carbonato de cálcio por dia, por três ciclos menstruais, reduziu os sintomas da TPM em 48%.Mas vale tentar incluir o cálcio apenas com a alimentação. Onde encontrar: Leite e seus derivados são as principais fontes.



Vitamina A
 Parece elevar os níveis de progesterona reduzindo, desta forma, os sintomas da TPM. Onde encontrar: Mamão, cenoura, batata doce, queijos, fígado, manga, espinafre.


Vitamina E
 Pode causar melhora nos sintomas, mas não encontrei nada específico.
Onde encontrar: Folhas verdes escuras, óleos vegetais, gérmen de trigo, gema de ovo e fígado.




E, finalmente, recomenda-se atividade física regular, baseada principalmente em exercícios aeróbicos. 
(Neste caso, procure um Educador Físico para a melhor orientação.) 
A ciência mostra que mulheres que realizam atividade física aeróbica pelo menos três vezes por semana têm menos sintomas que aquelas sedentárias, principalmente com relação ao dolorimento dos seios e edemas.


Um comentário:

  1. tenho este problema ,parece que acaba o mundo quando ando assim !:((((

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